segunda-feira, 31 de março de 2008

Dieta Vegan protege pessoas com artrite


A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica que pode, para além de afectar ossos, articulações e músculos, ter outras manifestações a nível geral, como afecções dos pulmões, coração, olhos, e mesmo pele. Afecta sobretudo uma população em idade produtiva e pode atingir entre os 0,2% e os 0,5% da população portuguesa, sendo que predomina no sexo feminino.

Acerca deste assunto abre-se uma janela para os que sofrem desta doença no sentido de melhorarem a sua qualidade de vida, segundo o estudo que mostramos de seguida.

Uma pesquisa recente do Instituto Karolinska, de Estocolmo, Suécia, sugere que as pessoas que sofrem de artrite reumatóide podem reduzir o risco de ataques cardíacos e derrames se seguirem uma dieta vegan - nome dado à dieta vegetariana radical, sem glúten e em que não há consumo de carne, leite e seus derivados.

Ataques cardíacos e derrames estão entre as principais causas de morte de pacientes que sofrem de artrite reumatóide, pois a inflamação causada pela doença tem impacto nas artérias. Mas, segundo investigadores, o risco pode diminuir por meio de uma dieta sem produtos animais e sem o glúten, que pode ser encontrado no trigo, aveia, centeio e cevada.

O estudo, publicado na revista Arthritis Research and Therapy, afirma que quem segue esta dieta tem valores mais reduzidos de LDL, conhecido como mau colesterol.

O LDL é visto como o factor mais importante em problemas do coração por obstruir as artérias.


Apresentação do estudo, resultados e conclusões

Investigadores do Instituto Karolinska submeteram 38 voluntários que sofriam de artrite reumatóide a uma dieta diária composta por 10% de proteínas, 60% de hidratos de carbono e 30% de gordura.

A dieta incluía nozes, sementes de girassol, frutas, vegetais e cereais. O leite de sésamo fornecia a fonte diária de cálcio.

Outros 29 voluntários, que funcionariam como grupo de controlo do estudo, seguiram uma dieta saudável com, aproximadamente, as mesmas proporções de proteínas, hidratos de carbono e gordura.

Gorduras saturadas não compreendiam mais do que 10% do consumo diário de energia e os produtos integrais foram usados o máximo possível.

Os voluntários da primeira dieta, a vegan, mostraram uma diminuição no nível total de colesterol e, especificamente, uma redução na quantidade de lipoproteínas de baixa densidade (LDL ou mau colesterol).

Os voluntários sujeitos à dieta comum não mostraram variações significativas nos níveis de colesterol.

Segundo os investigadores, existe uma "grande quantidade de provas" que sugerem que estas mudanças foram benéficas para evitar o bloqueio das artérias e as consequentes doenças cardiovasculares.

Além disso, após seguirem a dieta vegan durante 12 meses, os voluntários apresentaram redução do Índice de Massa Corporal (IMC). O grupo de controlo permaneceu com o IMC inicial.

Apesar dos resultados obtidos no estudo serem positivos, a organização de caridade britânica especializada em artrite reumatóide, Arthritis Research Campaign, alertou para possíveis perigos da dieta vegan: "Uma dieta vegan pode ajudar na redução do colesterol, mas é difícil conseguir alguns dos nutrientes mais importantes seguindo esta dieta", afirmou uma porta-voz da entidade.


segunda-feira, 17 de março de 2008

Hábitos saudáveis podem aumentar 14 anos à vida

Numa altura em que se fala cada vez mais em ser e estar saudável, em que a qualidade de vida é prioritária na nossa sociedade, eis que um estudo bastante preciso vem demonstrar que nutrição é um passo chave para essa qualidade de vida. Querem saber mais? Então leiam atentamente as conclusões deste estudo. Vão ver que compensa ser saudável!

“Fazer exercício físico, não beber álcool em excesso, comer suficientes frutas e legumes e não fumar pode aumentar a esperança de vida em mais catorze anos, segundo um estudo publicado na Public Library of Science Medicine (PLos).

O estudo envolveu 20 mil pessoas durante um período de mais de 10 anos e concluiu ser possível aumentar anos de vida com pequenas mudanças.

Os peritos descobriram que quem não tinha hábitos saudáveis tinha mais quatro vezes de possibilidades de morrer do que quem mantinha uma vida sã.

O estudo foi realizado pela University of Cambridge e pelo Conselho de Investigação Médica no condado de Norfolk, no Oeste de Inglaterra, entre 1993 e 2006.

Os participantes tinham idades compreendidas entre os 45 e os 79 anos, eram predominantemente brancos e não tinham nem doenças oncológicas nem problemas cardíacos, de acordo com a análise.

Durante a investigação, cada participante recebeu um ponto por cumprir cada um dos objectivos "não fumador", "consumo de entre meio a sete copos de vinho por semana", "consumo de cinco porções de fruta e verduras por dia" e "não considerado fisicamente inactivo".

Os investigadores descobriram que quem tinha os quatro pontos apresentou menores possibilidades de morrer durante o período de tempo estudado do que os que não somaram pontos.

A equipa indicou ainda que uma pessoa de 60 anos sem nenhum ponto tinha o mesmo risco de morrer que uma pessoa de 74 anos com quatro pontos. “

Fontes: Lusa e Imprensa Internacional ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Tasty Planner – Construção de ementas online

Existem na internet diversos sites onde é possível pesquisar receitas. O Tasty Planner é um desses sites, mas merece a atenção do "Janela de Nutrição" por ser inovador em diversos aspectos, quando comparado com os seus congéneres.
Após o registo no site, o utilizador poderá procurar, criar e partilhar receitas. Até aqui nada de novo! O que o distingue dos outros é o conjunto de ferramentas que disponibiliza, das quais destacamos:

- a possibilidade de criar uma ementa semanal através do simples clicar e arrastar de receitas;
- a criação automática de uma lista de supermercado com todos os ingredientes que iremos necessitar para confeccionar as receitas da ementa semanal.

Tanto a ementa, como a lista de supermercado são fáceis de alterar consoante os nossos gostos e necessidades, sendo possível imprimi-las. O único aspecto que poderá ser limitativo para algumas pessoas é o facto de o site só existir em inglês.


Este é um bom exemplo do tipo de ferramenta útil, para o dia-a-dia, que cada vez mais é possível encontrar na internet. Num futuro próximo, iremos dar destaque a outros exemplos de sites úteis relacionados com a alimentação e nutrição. Estejam atentos.

sexta-feira, 7 de março de 2008

O que comem as famílias em diferentes partes do mundo!

Bem-vindos à nossa “Janela de Nutrição”!
Já imaginaram o que várias famílias de diversos países do mundo adquirem numa semana para se alimentarem e quanto gastam para esse efeito? Aproveitem para dar uma espreitadela…

1. Alemanha- $500 (324€) por semana

2. Carolina do Norte, EUA - $341.98 (222€) por semana

3. Japão - $317.25 (206€) por semana

4. Itália - $260 (168€) por semana

5. Grã-Bretanha- $253 (164€) por semana

6. Kuwait - $221.45 (143€) por semana

7. México - $189.09 (122,5€) por semana

8. Califórnia, EUA- $160 (104€) por semana

9.Pequim, China - $155.06 (100,50€) por semana

10. Polónia- $151 (98€) por semana

11. Egipto - $68.53 (44,50€) por semana

12. Mongólia - $40 (26€) por semana
13. Equador - $31.55 (20,50€) por semana

14. Butão - $5 (3,24€) por semana

15. Campo de Breidjing - $1.23 (0,80€) por semana!!! (Refugiados Sudaneses no Chade)



Estas fotografias são algumas das presentes no livro “Hungry Planet – What the World Eats” de Peter Menzel e Faith D’ Aluisio.

A conversão de Dólares para Euros foi feita com base no valor cambial, no dia 14 de Março de 2008.